Eu subo degrau a degrau...

... a imaginar-te!

terça-feira, 29 de março de 2011

Palavras

Faço músicas como sonho enquanto escrevo sem registo
O desabafo mais singelo que na alma avisto
Tudo aquilo que me possui entre faces com sorrisos
O eterno mais perto dizem-me que focalizo-o
Acordo... Sinto o sangue quente
Vejo a praça com a luz que me faz dormente
Segue sempre pela porta da saída, a felicidade
Que abraço com uma lágrima com sabor a maturidade
Construo um mundo só meu, ninguém me o pode tirar
Ou puxar-me quando só cabe a mim entrar
E mudar o que quero com a cor da minha alma
Gritos de desespero com cortes de pouca calma
Suave toque da lâmina que sinto no coração
Com calma corto este corpo que prende ao chão
Dores por todo o lado, sinto-me velho
E a sombra no olhar quando me vejo ao espelho...

Acorda, e sente o sangue quente
Fugir dessa fase de uma forma inteligente
Quantas lágrimas já caíram na tua mão?
Quantas palavras sufocadas pelo aperto do coração...

Escrevo, vou ao além que comigo comunica
Dá-me energia ao que enfrento e que se complica
Anos que se passam, e um gajo de cabeça fria
Olhando o horizonte sem paz e alma nua
Despida de segurança, vive, sente e chora
Quantos assuntos se reservam e as mãos imploram
Por um fim ao tormento que me faz pensar
Noutro caminho que me guia e me faz evacuar
Sinto o chão quente, mas por enquanto vou pensando
Ágil como a brisa amena que me vai mantendo
Quantas folhas rasgadas à luz da rua escura
Quantas letras não revelo, e assim perduram...

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