Eu subo degrau a degrau...

... a imaginar-te!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Saudade

Serás força interior, nostalgia ou desejo?
Pensamento ou realidade separa o abraço do beijo
Saudade te vejo, como um fogo incandescente
Locomotiva de emoções que me faz seguir em frente
Por segundos, viajo sem sair do sítio
Entre sorrisos ou lágrimas tudo se tornou paraíso
Contigo arrisco a reavivar qualquer segundo
Como anjos que me guiam que partiram deste mundo
Será destino? Serei apenas um réu?
Sinto-me algemado à terra e não consigo tocar no céu
Relembro passagens, flashes de memória
No coração eu transporto o livro da minha história
E é inglória, capítulos da minha infância
Desde peripécias de família a brincadeiras de criança
Locais de fotografias que me fazem recordar
Quero regressar no tempo para ali poder voltar...

Sem ti, senti que não alimento a alma
Sem ti, senti que não posso transmitir a calma
Sem ti, nostalgia ou desejo?
Pensamento ou realidade separa o abraço do beijo...

Saudade sinto, quando é o cair do pano

E torno-me melancólico como o som de um piano
O passado juntos que acabou por tudo ou nada
Sem sequer haver um porquê de uma vida acabada
Dada a circunstancia que encontras na situação
Chuva de pensamentos que te darão a conclusão
Palavra forte, com forte significado
Dado ao escassear por algo por nós acarinhado
Controlado por algo que não consegues controlar
Força interior que te puxa como a ondulação do mar
Palavra única, escrita num dialecto
Explicando sensações e um sentimento em concreto
Certo que todos temos por muito forte que sejas
Saudades de olhar-lhe nos olhos, é isso que tu invejas?
Quanto à saudade, não tenho saudade dela
Com amor e palavras fazem-me querer que a vida é bela...