Eu subo degrau a degrau...

... a imaginar-te!

domingo, 4 de abril de 2010

Alucínio

Fiz 30 por uma linha, e essa linha seguiu-me trinta
Dias seguidos escritos em canetas sem tinta
Tinha um sonho num caderno, cinzento como o inverno
Por dentro era um inferno, sedente pelo eterno
Cada vez que o desfolhava soava e transpirava
Vinda do nada uma voz entoava através da casa
Desci a escada e logo após ter dobrado a esquina
Tudo o que surgiu em meu redor foi convertido em rima
Foi como quem alucina com catamina ou ácidos
Cérebro exausto com estilos totalmente flácidos
Vi vícios entre edifícios, filhos de triciclos
Alcoólicos vitalícios, criminosos sem indicios
Faces sem expressão, nem diferença e confusão
Entre gás e combustão, indígio em decomposição
Vi versos e refrões, montanha russa de ilusões
Nem quando fecho o bloco bloqueio alucinações!

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