Eu subo degrau a degrau...

... a imaginar-te!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Será que tu já foste? Talvez!

Tu não confundas frases profundas com confidências
Visto que as tuas são imensas
E se tu pensas que me enganas, é tudo imaginário
Quando pensas que me chamas dispensas-me num diário
Tenho ideias estranhas, que viras ao contrário
E depois escreves mais uma lição sem sumário
No imaginário ouço-te como se cá estivesses
Vocabulário é pouco e o pouco tu nem conheces
Ofereço-te algo forte mas a sorte não avança
Não é que isso me estorve só que tambem não me encanta
Não quero tal encanto, o caule de tal planta
Colhe-la com cuidado é algo que não adianta
Não tentes dar-lhe tudo se um tudo não dá esperança
Há sempre quem a calca, há sempre quem a arranca
Não penses dar-lhe o mundo se o mundo é uma criança
Há sempre quem faz falta, está sempre tão distante
A forma como se cala, magoa mais que frases
São fases que eu esqueci à espera que tu me lembrasses
Aperto um pedido de desculpas que não surge
Mas venero a tua força não a forma como a usas
Tu mudas como o ambiente quente que desfria
Esqueceste-te de quem te ama pela tua pele macia
Esqueceste-te de quem te chama pela tua companhia
Viraste-te e disses-te que tudo acaba um dia
E o pó de uma magia que se perde pelo nada
Faz querer que tudo é um pouco relativo numa data
Abri a tua carta, estava um pouco estragada
Dizias que só estavas bem comigo de mão dada
À brava, é estranha a forma como nada encaixa
Como uma aliança solitária numa caixa
Baixa a cabeça, como costumas fazer
Esquesito e ainda assim eu entendo o que me queres dizer
Acorda! Aborda um pouco só da minha prosa
Se abrires a tua porta tu ves-me de cor-de-rosa
Uma aposta? Promessas, tantas mas eu só rejeito, percebes?
Mas jura, desculpa mas eu não aceito, que queres?
Assusta? Acumula o meu respeito, tu consegues
Confusa? Anula o meu peito, não deves
Não temes! Revertes o meu defeito
Encostas o ouvido no meu peito
És quem tu? Pondera o teu lado especial
Quis-te oferecer aquele meu palácio de cristal
Afasta! Já basta o afastamento visual
Se cada um puxa para o seu lado como um jogo individual
Divido algo banal, real que me dá prazer
Agindo de forma normal, consegues ver um ponto de vista tão sentimental
Consegues ser a peça que me interessa, a Tal
Percebes o que eu sinto, ou sentes o que eu sinto, não vale
Cada relação, percebe que não é isso que me faz dar-te o coração
Eu falo de um sorriso, vou deixá-lo para ti
Que enquanto fores feliz eu sou feliz mesmo sem ti
Chamas-me quando precisas e eu nem te conheço
Valorizo o teu sorriso mesmo que ele não seja o mesmo
Eu falo da alegria que me trazes ao ver-te
Do que faz e ter-te por essas frases não é algo que eu pretenda
Repara nas faces da magia que está mais perto do que eu queria
E de que eu sinto por muito que não entenda
Combinas aquelas cores que nada têm a ver
Amores! Horrores! Eu prometo promessas de prazer
Será que tu já foste? Talvez! Censuro
Contudo o teu peluche ainda me aquece no escuro
Será que tu ficas-te? Talvez! Censuro
Estás demasiado diferente para me dares o que eu procuro
És forte e transparante, já passou tanto tempo
És fria? És quente? Diz-me que eu não me lembro
Amor estás diferente, intensa a presença
Que se perde! Imença a diferença, a que se deve?
Complexo olha para o teu reflexo no mar
Percebes que tu não és a mesma para quem estás a olhar
Conheces? Tu vês ou revês o nosso espaço
Porque eu não quero um beijo teu, prefiro de longe um abraço!

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