Eu subo degrau a degrau...

... a imaginar-te!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Cara-Metade

Vi-te, cedi-te, convido-te para o meu mundo
Segui-te, convicto, sem pôr em questão por um segundo
Sentimentos estão em jogo e arriscar faz parte de todo
Se o tempo voltar atrás eu volto a fazer de novo
Sem equívoco, acredito que é recíproco o que sinto
Que é univoco o motivo pelo qual te invoco quando activo
A criação que em combustao me consome como chamas
Deram-te nome, mas para mim não é assim que te chamas
Chamo-te cara metade, mas é cara a metade que se paga
Quando a obrigação nos abraça e a inocencia nos larga
Dizem que amar cega, espero que mantenham a palavra
Tenho olhos com vertigens e ao teu lado o céu nao acaba
Perante ti há quem se inclina, até mesmo que se renda
A minha alma é tua inquilina, mês a mês eu pago a renda
Não sao gónadas estimuladas por um toque em certas zonas
Nem sentimentos nómadas movidos por hormonas
Uns para galar-te, usam calça larga e chapéu
Em palcos canto corpo e alma á mostra, de cabeça oposta á de um réu
Não vou pagar caro à custa de tanto fala barato
Vizinho meu escreveu que não há estrelas no ceu, ha noite fecho-as no quarto
Iluminam-nos, quando estabelecemos contacto
Escrevendo o nosso destino em folhas de formato A4
Crio-te com requinte sem expor silhuetas
Foste ouvinte quando o mau tempo foi tempo em grãos de ampulhetas
No nosso primeiro encontro, tinhas linhas caretas
O tempo passou como metamorfose, deu-te forma de borboletas
Nunca te pedi nada, promete-me uma coisa única
Que para mim és cara metade, para eles apenas música!

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